Home Notícias Siemaco Roberto Santiago e dirigentes sindicais debatem reforma previdenciária

Roberto Santiago e dirigentes sindicais debatem reforma previdenciária

by Siemaco

Na última terça-feira (21), o vice-presidente da UGT, Roberto Santigo, esteve em Brasília reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e representantes de centrais sindicais para debaterem questões alusivas às reformas previdenciária e trabalhista. O assunto também foi abordado na manhã dessa quarta-feira (22), durante a cerimônia de posse da diretoria da Femaco, eleita para a gestão 2017-2021, em São Paulo.

Roberto afirmou que é contra a medida, uma vez que a mesma prejudica os mais necessitados. “Mais do que dificultar, ela vai ‘proibir’ o direito à aposentadoria e proteção social para milhões de trabalhadores, principalmente os mais humildes, mulheres e trabalhadores rurais”, declarou.

Santiago explicou que a PEC 287/2016 foi elaborada sem a efetiva participação do movimento sindical e encaminhada ao Congresso Nacional em caráter de urgência, sendo aprovada às pressas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.

“Infelizmente, a representatividade sindical no Congresso foi diminuída em cerca de 60% nas eleições de 2014, o que é extremamente preocupante, especialmente em um ambiente de forte investida patronal sobre os direitos trabalhistas, sindicais e previdenciários. É a bancada sindical que dá sustentação e faz a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, aposentados e servidores públicos, além de intermediar demandas e mediar conflitos como esse da Reforma Previdenciária, por exemplo”, explicou.

IDADE MÍNIMA

Para quem não sabe, dentre as medidas apresentadas estão: instituir a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres – inclusive trabalhadores rurais e servidores públicos; e tempo mínimo de contribuição de 25 anos para aposentadoria e de 49 anos de contribuição para recebimento da aposentadoria integral. “A idade mínima para se aposentar passa a ser de 65 para homens e mulheres, e o tempo mínimo de contribuição salta de 15 anos para 25 anos. Na prática, isso significa que o trabalhador precisará contribuir 49 anos para assegurar o recebimento de 100% da aposentadoria. Isso porque o tempo mínimo de contribuição de 25 anos dará direito a apenas 76% da aposentadoria, por conta do cálculo do benefício”, completou.

“Isso não pode ser generalizado como está. A expectativa de vida no Nordeste, por exemplo, é menor que a média brasileira, assim como a dos trabalhadores rurais em relação a dos urbanos. Muitos começam a trabalhar cedo para ajudar no sustento da casa. Como obrigá-los a alongar suas exaustivas jornadas de trabalho por mais alguns anos, antes de conceder-lhes o direito à aposentadoria? Isso está errado”, afirmou.

EQUIPARAÇÃO ENTRE HOMENS E MULHERES

Para Santiago, um dos pontos mais graves da proposta do Governo é a equiparação entre as idades de aposentadoria entre homens e mulheres.  Atualmente, elas podem pedir a aposentadoria com 30 anos de contribuição e os homens, após 35 anos de trabalho. Para receber o benefício integral, é preciso atingir a fórmula 85 (mulheres) e 95 (homens), que é a soma da idade e do tempo de contribuição. No entanto com a Reforma, homens e mulheres terão que completar 65 anos de idade.

“Todo mundo sabe que a situação das mulheres na sociedade é diferente dos homens. A mulher tem muito mais responsabilidade em casa, tem uma discriminação no trabalho, uma discriminação na renda”, explicou.

A PEC prevê, ainda, desvincular o valor da aposentadoria com o salário mínimo, o que, a nosso ver, é um grande equívoco. Hoje, 52% dos aposentados recebem um salário mínimo (número que sobe para mais de 90% no meio rural). Ou seja, diminuir o valor é ameaçar a sobrevivência já precária de muitos.

TRAMITAÇÃO

Conforme conversado em Brasília, Rodrigo Maia afirmou que não terá pressa na tramitação da reforma da Previdência, concordando que o debate deve se alongar por mais 10 ou 20 dias após o Carnaval. O presidente se comprometeu também a dar mais tempo para a tramitação da reforma trabalhista.

Mais Notícias

FALE CONOSCO

SEDE:
Rua Analia Andrade Miranda, 34 – Jd. Bom Tempo CEP: 06763 – 220 – Taboão da Serra – SP Tel: (11) 4701-5596 – Whatsapp: 11 99916 7063
SUB-SEDE COTIA:

Rua José Augusto Pedroso, 19 – Pq. Bahia CEP: 06717 – 126 – Cotia – SP Fone: (11) 4701-9078 – (11) 4148-6538 – Whatsapp: 11 91011 1212

SUB-SEDE FRANCO DA ROCHA:

Av. Expedicionários, 84 – Centro Cep: 07803-010 – Franco da Rocha – SP Tel: (11) 4819-6356 – Whatsapp 11 97523 3264

NOSSOS EMAILS:

contato@siemacotaboao.com.br
juridico@siemacotaboao.com.br
administrativocolonia@siemacotaboao.com.br

@2024 – Todos os direitos reservados. Projetado e desenvolvido por MIB SOLUÇOES DIGITAIS

Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência. Presumiremos que você concorda com isso, mas você pode cancelar se desejar. Aceito Leia mais

Política de Privacidade e Cookies